Parábola do Semeador

Grande parte do ministério terreno de Jesus, certamente a maior, destinou-se ao ensino. Era um exímio mestre. Uma das técnicas mais utilizadas por Ele a partir de determinado momento foi parábolas, ou seja, pequenas narrativas repletas de imagens simples e corriqueiras, tiradas do dia-a-dia de seus ouvintes. Ao final de cada uma dessas narrativas ou mesmo no curso delas, Jesus transmitia profundas lições morais e espirituais.

Nesta e nas próximas edições de nossa Revista destinaremos um espaço especial para tratarmos de algumas dessas parábolas. Começaremos pela Parábola do Semeador, uma das mais belas, profundas e atuais.

Antes, porém, pertinente tratar alguns aspectos gerais sobre as parábolas e buscar compreender, principalmente, as razões pelas quais Jesus, repentina e bruscamente, mudou sua forma de ensinar, passando a adotá-las como método.

Esclarecimentos Preliminares

Muitos, ao se depararem com as parábolas, equivocadamente entendem que Jesus tinha como objetivo apenas e tão somente facilitar, popularizar e tornar mais agradáveis seus ensinamentos. Tal entendimento, de certa forma, faz sentido, afinal, seus ouvintes, de forma majoritária, eram pessoas simples, sofridas e pouco instruídas. Ao falar por meio de histórias curtas, repletas de elementos simples e conhecidos de todos, Jesus os alcançaria mais facilmente.

Contudo, um diálogo entabulado entre Jesus e seus discípulos deixa claro que este não era o único propósito. Estes, intrigados com a drástica mudança no formato do discurso do Mestre, em determinado momento questionam: “Por que o Senhor fala com eles por meio de parábolas?” (Mt 13:10b). Em sua resposta, Jesus externa o caráter demarcatório e, até mesmo, punitivo dessa nova direção, ao afirmar que a eles (discípulos) era dado conhecer os mistérios do Reino dos Céus, mas àqueles (fariseus, escribas, religiosos) isso não seria concedido. E prossegue asseverando: “Pois ao que tem, mais será dado, e terá em abundância; mas, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. Por isso, falo com eles por meio de parábolas; porque, vendo, não veem; e ouvindo, não ouvem, nem entendem.” (Mt 13:11-13).

Encerrando o diálogo com os discípulos e as explicações concernentes, Jesus recorre às palavras outrora lançadas pelo profeta Isaías (6:9-10), a saber:

“Ouvindo, vocês ouvirão e de modo nenhum entenderão; vendo, vocês verão e de modo nenhum perceberão. Porque o coração deste povo está endurecido; ouviram com os ouvidos tapados e fecharam os olhos; para não acontecer que vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, entendam com o coração, se convertam e sejam por mim curados.” (Mt 13:14-15)

Diante disso, forçoso concluir que as parábolas, primeiramente, escondiam a verdade dos religiosos da época de Jesus, tomados pelo orgulho e pela soberba, duros de coração, satisfeitos consigo mesmos e, por outro lado, revelava a verdade de forma simples e objetiva aos indivíduos quebrantados, humildes, sedentos e famintos por justiça. Eis aí seu duplo propósito.

Jesus, ao que parece, havia se cansado da postura rebelde e soberba dos fariseus que, no ápice dos debates e embates, chegaram a dizer que os milagres realizados pelo Mestre seriam, na verdade, obra de Belzebu, cometendo com isso o pecado imperdoável, a saber, a blasfêmia contra o Espirito Santo (Mt 12:22-33).

O ilustre teólogo John MacArthur, com relação aos aspectos gerais das parábolas, assinala o seguinte:

“Enquanto as parábolas realmente ilustram e esclarecem a verdade para aqueles que têm ouvidos para ouvir, elas têm justamente o efeito contrário para aqueles que se opõem e rejeitam Cristo. O simbolismo esconde a verdade de qualquer um que não tenha a disciplina ou o desejo de procurar pelo significado pretendido por Jesus. É por isso que Cristo adotou esse sentido de instrução. Tratava-se de um juízo divino contra aqueles que recebiam seu ensinamento com desdém, descrença ou apatia.” (As Parábolas de Jesus comentadas por John MacArthur, Editora Thomas Nelson, pg 14)

Os constantes “embates teológicos” travados com os fariseus e os escribas, ensejados pela rigidez de seus corações, haviam deixado sequelas. Se não compreendiam a mensagem de Cristo, dita outrora de forma direta, teriam ainda mais dificuldade para entendê-la agora, de certo modo, camuflada pela alegoriadas parábolas. A partir dessa mudança verificada no ministério de Jesus, apenas aqueles que estavam dispostos a ouvir (não apenas escutar) entenderiam a mensagem divina.

 

A Parábola do Semeador 

Feitos os esclarecimentos acima, passaremos a tratar da primeira e, certamente, uma das mais fortes parábolas apresentadas pelo Mestre, a do Semeador, descrita nos evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas (Mt 13:1-18; Mc 4:1-20; Lc 8:1-15).

Jesus começa a contá-la da seguinte forma:

“O semeador saiu a semear. Enquanto lançava a semente, parte dela caiu à beira do caminho; e as aves vieram e a comeram. Parte dela caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra; e logo brotou, porque a terra não era profunda. Mas quando saiu o sol, as plantas se queimaram e secaram, porque não tinha raiz. Outra parte caiu entre espinhos, que cresceram e sufocaram as plantas. Outra ainda caiu em boa terra, deu boa colheita, a cem, sessenta e trinta por um.” (Mt 13:3-8)

Todos aqueles que ouviam a narrativa feita por Jesus, rapidamente, visualizavam os elementos nela contidos. Sabiam muito bem o que era uma semente, aliás, conheciam suas diversas espécies. Não lhes eram estranhas também a figura do semeador e, tampouco, a forma através da qual lançava este as sementes no campo, afinal, a base da economia daquela época e naquela região era a agricultura.

Claro, ainda, para os expectadores o fato de que o semeador lançava a semente em forma de arco, sendo certo, pois, que aquelas se espalhariam de forma aleatória, ou seja, sem o controle do agricultor. Muito embora desejasse que todas as sementes lançadas alcançassem solo fértil, o agricultor sabia que isso não aconteceria; boa parte das sementes não frutificaria.

Interessante mencionar que Jesus não se atem às qualificações do semeador e, tampouco, tece considerações quanto ao tipo ou qualidade das sementes. Deixa claro com isso que seu foco não estava em tais elementos, mas no solo, especificamente nos tipos sobre os quais as sementes caíram. Vamos, então, a eles.

O primeiro tipo de solo mencionado por Jesus era aquele situado “à beira do caminho” (v.4), ou seja, as trilhas, estradas estreitas que separavam os campos. O constante trânsito de pessoas e animais tornaram o solo compacto, seco e duro como concreto. As sementes que ali caíram não tiveram chance alguma de penetrar na terra e, tampouco, germinar. Elas permaneceram na superfície onde foram pisoteadas ou, rapidamente, comidas pelos pássaros.

Adiante, Jesus identifica o segundo tipo de solo, ou seja, aquele pedregoso, rochoso (v.5). Apenas uma fina camada de terra se interpunha entre a superfície e uma espessa camada rochosa. As sementes que caíram nesse local foram absorvidas e até chegaram a germinar. Contudo, essa espessa camada rochosa impediu que as raízes se desenvolvessem e se aprofundassem. As plantas não se nutriram, não firmaram, nem se desenvolveram e quando surgiram as primeiras intempéries, tombaram antes mesmo de gerar frutos.

A terceira categoria de solo mencionada por Cristo era aquele infestado por ervas daninhas e espinhos (v.7). Estas cresceram rapidamente e, à medida que crescia a planta gerada pela semente, foi esta sufocada por aquelas. As ervas daninhas e espinhos sufocaram a pequena planta, retiraram da terra todos os seus nutrientes, bloquearam a passagem da luz solar.

Finalmente, Jesus refere-se ao solo fértil (v.8). Tratava-se de espaço dotado de terra pura, macia, isenta de ervas daninhas, onde as sementes caíram, penetraram o solo a uma profundidade segura e salutar, fora do alcance de pássaros e transeuntes, suas raízes conseguiram se firmar na terra que era profunda, não rochosa e, por isso, floresceram, gerando bons e abundantes frutos.

Eis aí os quatro tipos de solo apresentados e caracterizados por Jesus na parábola. Eles representam as maneiras como recebemos a Palavra de Deus quando ministrada, ilustrada na parábola pela semente lançada pelo agricultor.

Em seguida, com a mesma simplicidade, traz Jesus a explicação da parábola:

“Este é o significado da parábola: A semente é a palavra de Deus. As que caíram à beira do caminho são os que ouvem, e então vem o diabo e tira a palavra dos seus corações, para que não creiam e não sejam salvos. As que caíram sobre as pedras são os que recebem a palavra com alegria quando a ouvem, mas não têm raiz. Creem durante algum tempo, mas desistem na hora da provação. As que caíram entre espinhos são os que ouvem, mas, ao seguirem seu caminho, são sufocados pelas preocupações, pelas riquezas e pelos prazeres desta vida, e não amadurecem. Mas as que caíram em boa terra são os que, com coração bom e generoso, ouvem a palavra, a retém e dão fruto, com perseverança.” (Lucas 8:11-15)

Primeiramente, a terra seca, dura, compactada pelo pisoteio de transeuntes e animais ilustra o coração no qual a Palavra de Deus não consegue penetrar. Ela permanece viva por pouquíssimo tempo na mente do ouvinte, não descendo, contudo, ao seu coração. Por conseguinte, mudança alguma se verifica em sua vida.

O coração destes indivíduos, nas palavras de John MacArthur:

“é uma via pública, trilhada por uma multitude mista de iniquidades que continuam a trafegar por ela. Ela não é cercada, por isso, fica exposta aos passos maus de qualquer maldade que passa por ali. Nunca é arada pela convicção. Nunca é cultivada por qualquer tipo de busca, autoexame, contrição, avaliação honesta de culpa ou arrependimento verdadeiro. O coração se endureceu contra o chamado doce da graça tanto quanto os terrores do julgamento. Indiferença, insensibilidade e amor pelo pecado tornaram o coração dessa pessoa denso, seco e impenetrável.” (As Parábolas de Jesus comentadas por John MacArthur, pg 57).

A Bíblia é farta em exemplos que ilustram muito bem esse grupo de pessoas. Ao longo dos três anos de ministério terreno, Jesus ministrou a Palavra de Deus de forma incansável; foi um exímio e incansável semeador, lançou magníficas sementes que, muitas vezes, caíram no solo duro dos corações das multidões, não gerando fruto algum.

Esta incômoda realidade não mudou. A semente continua sendo lançada de forma cada vez mais acelerada e abundante; a Palavra do Senhor, a boa semente, tem se beneficiado da modernidade para chegar aos confins da terra. Não obstante, uma simples olhadela ao nosso redor afigura-se suficiente para constatar que continua carecendo do acolhimento humano. Os corações estão cada vez mais rígidos, assim como o solo das estradas que dividiam os campos na época de Jesus.

Prosseguindo nas explicações quanto ao significado da parábola, afirma Jesus que as sementes que caíram em solo rochoso, pouco profundo, ilustram os indivíduos que ouvem a mensagem e, aparentemente, a recebem. Ela chega a penetrar em seus corações, provoca mudanças aparentes e, não raro, rápidas. Um olhar apressado dá a sensação de que os indivíduos de fato adotaram uma nova modalidade de vida, que se firmaram em Cristo e estão prontos para avançar. Contudo, à medida que o tempo passa e as provações surgem – e elas inevitavelmente surgem -, tais pessoas retrocedem e acabam desistindo da fé outrora proclamada.

Algo peculiar se verifica em relação a esse grupo. Seus componentes são atingidos pelos malefícios do comodismo e, com o passar do tempo, deixam de avançar pelo novo caminho aberto pelo Mestre. Insistem em se alimentar de “leite” quando já deveriam ingerir alimento sólido, por isso, não crescem, não se fortalecem. Sua fé se torna rasteira, pouco profunda e não os mantem de pé no tempo mal.

Recorremos uma vez mais ao ilustre John MacArthur, em uma forte e bastante atual advertência:

“se for superficial, se não tiver raízes, se for uma fé sem coração, não importa quão entusiasmada a reação possa ter tido no início, essa pessoa “desistirá”, o que significa que ela abandonará completamente a fé. […] O apóstolo Paulo disse que você pode saber que foi realmente reconciliado com Deus “desde que continuem alicerçados e firme na fé, sem se afastarem da esperança do evangelho, que vocês ouviram” (Cl 1:23). Aqueles cuja fé é apenas temporária ouvem o evangelho e respondem, rápida e superficialmente. Talvez tenham algum motivo egoísta (pensando que Jesus resolverá seus problemas mundanos ou facilitará a vida para eles). Não calculam o custo. Durante algum tempo, se deleitam em alguma emoção, um sentimento de alívio, entusiasmo, euforia ou qualquer outro sentimento. Há lágrimas de alegria, abraços, aplausos e muita atividade – no início. Isso tende a convencer os outros cristãos de que se trata de uma conversão real, arraigada em convicção autêntica. Podemos até chegar a achar que essa é uma reação melhor do que a contrição silenciosa de algum cristão autêntico, profundamente convencido de seu pecado e de sua indignidade, que tudo que sente é um profundo senso de mansidão e gratidão silenciosa. Uma irrupção de alegria não é o aspecto definidor de uma conversão autêntica. É claro que alegria é uma reação apropriada. Todo o céu se regozija quando uma alma se converte. […]. Mas, como Jesus deixa claro em nossa parábola, às vezes, uma grande alegria acompanha uma conversão falsa. Nem alegria hiperativa nem gratidão silenciosa provam se a profissão de fé de alguém é uma expressão de crença superficial e temporária ou uma convicção profunda e duradoura. O fruto (ou a falta de fruto) de uma pessoa revelará isso. “Uma árvore é conhecida por seu fruto” (Mt 12:33).”

O terceiro tipo de solo, aquele infestado por ervas daninhas e espinhais, nas palavras do Mestre, representa o coração excessivamente envolvido com as questões do mundo, fascinado pelas riquezas e prazeres desta vida, preocupado com o futuro e totalmente indiferente à eternidade.

Ao escrever para Timóteo, o apóstolo Paulo disse:

“Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição, pois o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos.” (1Tm 6:9-10)

Os evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) trazem o exemplo de um jovem que, certa feita, se dirigiu a Jesus questionando o que deveria fazer para passar a eternidade ao lado de Deus. Desafiado por Cristo a deixar as riquezas de lado, preferiu mantê-las e dar as costas ao Mestre. O texto sagrado diz que aquele rapaz, após ouvir a sentença proferida por Jesus, “afastou-se triste, porque tinha muitas riquezas” (v.22), demonstrando com isso que seu coração estava firmado nos bens que possuía. Tratava-se de um bom homem, cidadão honesto e respeitado, cumpridor da lei, contudo, dominado por tudo aquilo que podia comprar com seu dinheiro (Mt 19:16-24).

Impossível não lembrar, também, do triste exemplo deixado por Judas Iscariotes. Sua vida ao lado do Mestre foi permeada por episódios que denotavam ganância e apego ao dinheiro. João 12:6 chega a firmar que o apóstolo “era ladrão, sendo responsável pela bolsa de dinheiro, costumava tirar o que nela era colocado”. Sua condição mundana alcançou o ápice no momento em que entregou Jesus a seus algozes por miseras trinta moedas de prata.

Os modelos de solo apresentados por Jesus até aqui guardam uma triste semelhança; todos são inférteis e descrevem indivíduos incrédulos, amparados por uma fé extremamente frágil, insensíveis e indiferentes à Palavra de Deus. Supérfluo lembrar, ainda, que eles compõem, a bem da verdade, a maior parte do campo onde o semeador lançou suas boas sementes.

Mas, nem tudo estava perdido. Jesus, finalizando seu belo discurso, apresenta a seus ouvintes o último tipo de solo encontrado pelo semeador, aquele bastante fértil, bem cultivado, que recebe e absorve bem a semente. Simboliza, conforme Lucas 8:15, indivíduos dotados de corações bons e generosos, que ouvem a Palavra, a retém e no tempo apropriado frutificam. São sensíveis ao falar e ao agir de Deus, jamais se acomodam, ao contrário, buscam em todo tempo crescer na graça e no conhecimento, não se deixam seduzir pelos prazeres terrenos, se preocupam muito mais com a eternidade do que com o futuro, confiam no cuidado constante de Deus e, finalmente, anseiam por cumprir os propósitos do Senhor em suas vidas. Eis aí o tipo de solo que produz frutos “a cem por um”!!!

CONCLUSÃO

Todo agricultor alimenta a expectativa de colheitas abundantes, espera que todas as sementes lançadas no campo, germinem, gerem plantas saudáveis que, no tempo apropriado, produzam bons frutos. Essa é, certamente, a esperança que o motiva em seu nobre ofício.

No entanto, o agricultor sabe que nem todas as sementes alcançarão boa porção de terra, que muitas se perderão antes mesmo de penetrar na terra. Não ignora, ainda, o fato de que algumas sequer atingirão a profundidade necessária e que outras serão fatalmente sufocadas pelas ervas daninhas que sempre contaminam porções dos campos de cultivo. Por mais frustrante e dura que seja essa realidade, o agricultor teimosamente semeia e, ao final, se alegra com o fruto produzido pelas sementes que caíram na terra fértil.

Identificamos nitidamente na Parábola do Semeador, dois propósitos firmados pelo Senhor em relação a nós. Espera, primeiramente, que venhamos a produzir frutos abundantes, que nossas ações sejam repletas de amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gl 5:22); e que o amor ao Senhor, em primeiro lugar, e ao próximo sejam nossas bandeiras. Jesus chega a sentenciar que “toda árvore que não produz bons frutos” será “cortada e lançada ao fogo” (Mt 7:19), ou seja, não serve para nada, no máximo, como lenha. Que mensagem dura, mas ao mesmo tempo, motivadora!

Nosso Mestre, contudo, deixa claro que isso somente será possível se Sua Palavra encontrar terra fértil em nossos corações, se penetrar e encontrar neles moradas permanentes. Por isso, bastante oportuno tomarmos como modelo a oração feita por Davi: “Cria em mim um coração puro, ó Deus, e renova dentro de mim um espírito estável” (Sl 51:10).

O momento é propício também para refletirmos seriamente acerca do tipo de solo que guarnece nossos corações: duro como concreto? Superficial, rochoso? Contaminado pelas pragas mundanas? Ou serão nossos corações terras férteis?

O segundo anseio do Senhor, implícito na parábola é que jamais deixemos de semear, de ministrar e ensinar Sua Palavra, ainda que não seja recebida por todos aqueles que a ouvirem. Precisamos espalhar a Palavra do Senhor. Somente ela é capaz de gerar mudanças e produzir frutos que durarão eternamente.

Pr. Alexsandro dos Reis Fernandes

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